Nunca foi tão fácil apontar o favorito do Gre-Nal de domingo, no Estádio Olímpico. O contexto é todo gremista.
Até os defensores da conveniência do muro como forma de se proteger dos patrulheiros de plantão, e eles formam guerrilhas de colorados e gremistas, vão concordar.
Se futebol é momento, como ensinam jogadores e técnicos, basta examiná-lo.
O aproveitamento do Grêmio com Renato é de quase 80%. O do Inter, no campeonato todo, é de 52%. O Grêmio tem o goleador, Jonas. O Inter sofre com problemas ofensivos.
O Grêmio exibe Victor, goleiro de Seleção Brasileira em fase milagreira. O Inter questiona Renan, que alterna grandes defesas e falhas surpreendentes, especialmente quando os chutes são nos cantos ou quase nos cantos.
O Grêmio come e dorme pensando no G-3 do Brasileirão. O Inter come e dorme pensando na viagem a Abu Dhabi para o Mundial nos Emirados Árabes em dezembro, o que é compreensível.
Até no ambiente político o momento é do Grêmio. Paulo Odone se elegeu presidente com 80% dos votos no Conselho Deliberativo e apoio maciço da torcida.
No Inter, a situação rachou entre Giovanni Luigi e Pedro Affatato, e a oposição já lançou Sandro Farias candidato. No Grêmio, as obras da Arena começaram com direito a brindes de aliados e adversários. No Inter, a Fifa exige garantias e ameaça o futuro Complexo Beira-Rio como estádio da Copa do Mundo de 2014.
Sendo este o quadro atual, o Grêmio vai ganhar o Gre-Nal por ser favorito? Bem, aí é outra história.
Nem sempre ganha o favorito, ainda mais em clássico e contra um time de jogadores experientes e com perfil de superação, como é este Inter bicampeão da Libertadores. Mas o favoritismo é todo do Grêmio.
Até os defensores da ideologia do muro terão dificuldades de equilibrar convicções desta vez.
O tempo de dizer que Gre-Nal é Gre-Nal e lavar as mãos já passou.
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